Alta de tributos entra em vigor
A partir deste sábado (1º), o preço da gasolina deverá subir em todo o país devido ao aumento no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O tributo, que passou a ser cobrado diretamente nas refinarias, terá um acréscimo de R$ 0,10 por litro, passando de R$ 1,37 para R$ 1,47.
Definição nacional do reajuste
A elevação do ICMS foi decidida em outubro do ano passado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), composto por secretários estaduais da Fazenda. A mudança busca simplificar a cobrança por meio de um regime monofásico, concentrando o imposto apenas na refinaria, sem incidência nas etapas seguintes da cadeia de venda.
Impacto em Santa Catarina
Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio da gasolina no estado era de R$ 6,29 na última semana. Com o aumento de R$ 0,10, o valor deve chegar a R$ 6,39 nas bombas.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Blumenau e Região (Sinpeb), Júlio César Zimmermann, alertou para a possibilidade de outros aumentos além do ICMS:
“A partir de sábado, veremos se as distribuidoras vão repassar mais algum valor. Mas ao menos dez centavos já estão garantidos.”
Cidades com maiores preços em SC
Conforme levantamento da ANP, os municípios com as maiores médias de preço da gasolina são:
• São José: R$ 6,47 (projeção de R$ 6,57)
• Florianópolis: R$ 6,46 (projeção de R$ 6,56)
A cidade com o preço mais barato foi Tubarão, onde o valor médio deverá passar de R$ 6,12 para R$ 6,22.
Diesel também sofrerá alta
O ICMS sobre o diesel será reajustado em R$ 0,06 por litro, alcançando R$ 1,12. Com isso, o preço médio do diesel em Santa Catarina, atualmente em R$ 6,07, deverá subir para R$ 6,13.
Cenário nacional e pressão sobre os combustíveis
O preço da gasolina em Santa Catarina aumentou cerca de 10% em 2024, apesar de a Petrobras não ter realizado novos reajustes desde julho do ano passado. O presidente Lula afirmou recentemente que decisões sobre os preços dos combustíveis continuam sob responsabilidade da Petrobras.
Com o aumento do dólar no final de 2024, especialistas alertam para o risco de novos repasses ao consumidor, pressionando ainda mais os preços nas bombas.