Na manhã desta segunda-feira (30), a Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou a Operação Praga, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado em fraudes de licitações e lavagem de dinheiro. A ação foi concentrada nas cidades de Florianópolis, Biguaçu e São José, mas se estendeu a outros municípios catarinenses e também a estados vizinhos.
Segundo as investigações, o grupo atuava há anos, manipulando licitações destinadas a serviços de desratização e dedetização, comprometendo a competitividade dos processos. Além disso, os suspeitos usavam manobras para ocultar bens e driblar o sistema financeiro, tornando mais difícil rastrear os recursos ilícitos. As práticas fraudulentas permitiram que o grupo acumulasse fortunas, ocultando-as em contas bancárias e bens de luxo.
Durante a operação, a polícia cumpriu mais de 50 mandados de busca e apreensão e 7 mandados de prisão em várias cidades catarinenses, incluindo Joinville, Navegantes, Itapema, Lages, Blumenau, Criciúma, São João Batista, Rio do Campo, Canoinhas, Pouso Redondo e Fraiburgo. A operação também se estendeu ao Rio Grande do Sul, nas cidades de Victor Graeff, Nonoai e Ibirubá, e ao Paraná, em Curitiba, Matinhos, Fazenda Rio Grande e Pontal do Paraná, além de São Paulo.
A Justiça determinou o bloqueio de cerca de R$ 1 milhão das contas dos investigados, além do sequestro de 5 veículos de luxo. Ao todo, mais de 150 policiais civis de diferentes divisões da DEIC, CECOR, SAER e delegacias de diversas regiões, como Criciúma, Joinville e São Bento do Sul, participaram da operação, que também contou com o apoio das Polícias Civis de São Paulo e Paraná.
A Operação Praga faz parte de um esforço contínuo das autoridades para combater a corrupção no setor público e garantir maior transparência nos processos de contratação de serviços.