Ex-governador diz que prioridade é construir projeto de oposição em Santa Catarina e descarta, por ora, mudança de partido
O ex-governador Raimundo Colombo (PSD) minimizou o convite feito por lideranças estaduais do MDB para que ele se filie à legenda e concorra a deputado federal nas eleições de 2026. O convite aconteceu durante um almoço em Florianópolis, na última quarta-feira (21), mas, segundo Colombo, foi apenas uma “gentileza” em meio a um encontro informal.
“O convite não foi a coisa fundamental da reunião. Eles disseram ‘filia conosco, quem sabe você vai a federal’. Aí eu disse: ‘Olha, em princípio não tenho interesse’”
relatou o ex-governador.
Críticas ao governo Jorginho Mello
Colombo foi direto ao apontar a principal razão para não aceitar uma aproximação com o MDB: o apoio do partido ao governo de Jorginho Mello (PL), do qual ele quer distância. O ex-governador criticou a gestão atual e defendeu a necessidade de uma oposição propositiva em Santa Catarina.
“O que eu defendo é ter um projeto. Eu acho que é muito pobre para Santa Catarina, a gente não ter um trabalho forte de oposição. Não é uma oposição destrutiva, é um contraponto para o debate”
afirmou.
Alinhamento com João Rodrigues e PSD
O pessedista também destacou seu alinhamento com o grupo majoritário do PSD em Santa Catarina, que apoia a pré-candidatura do prefeito de Chapecó, João Rodrigues, ao governo estadual em 2026.
“A gente fica honrado e alegre com qualquer convite, porque o convite é uma consideração, quer dizer, alguém te considera. Mas eu não acho que o governo de Jorginho é inspirador, não acho que é um governo que tem visão de futuro. Defendo um contraponto ao governo dele e acho que é bom para Santa Catarina. E reconheço que o João Rodrigues está fazendo muito bem esse papel”
declarou.
Futuro político depende de decisão do TSE
Colombo evitou falar em decisões sobre seu futuro político até que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgue a ação contra o senador Jorge Seif (PL), por suposto abuso de poder econômico nas eleições de 2022. Na ocasião, Colombo foi o segundo colocado na disputa, com 16,3% dos votos, contra 39,7% obtidos por Seif.
Ele também questionou o entendimento atual da Justiça Eleitoral, que permite que o segundo colocado assuma o cargo de forma interina em caso de cassação do vencedor, até a realização de nova eleição.
“É uma jurisprudência recente e casuística, porque não se pode anular os votos dos outros candidatos. A não ser que o candidato cassado tenha mais da metade dos votos. Isso é universal. A Constituição brasileira é clara nesse sentido”
pontuou..