Decisões agitam os bastidores do Alvinegro e revelam divergências internas na gestão
A segunda-feira (28) foi de intensa movimentação nos bastidores do Figueirense. Em meio a discussões e reuniões decisivas, o clube confirmou duas saídas importantes: o técnico Thiago Carvalho e o executivo da SAF (Sociedade Anônima do Futebol), Enrico Ambrogini.
As mudanças ocorreram após forte desgaste interno e divergências sobre o futuro da equipe dentro da temporada. O episódio expôs conflitos entre membros do Conselho da SAF e o então CEO, que culminaram na maior reformulação da estrutura diretiva do clube desde a implantação da SAF.
Saída de Thiago Carvalho já era consenso interno
A permanência de Thiago Carvalho à frente do comando técnico já era vista como insustentável por boa parte da cúpula alvinegra. O gerente de futebol, Wilson, foi um dos primeiros a manifestar sua posição pela troca no comando, respaldado pela maioria dos membros do Conselho da SAF. Apenas Enrico Ambrogini, CEO da estrutura, defendia a continuidade do treinador.
Ainda durante o dia, o Conselho consultou Eduardo Medicis, da CLAVE, uma das partes envolvidas na gestão da SAF. Medicis sinalizou confiança na decisão dos dirigentes locais, deixando o caminho aberto para a troca.
Embate entre Conselho e CEO termina em ruptura
A gota d’água aconteceu durante a reunião do Conselho da SAF, onde foi comunicado oficialmente o desligamento de Thiago Carvalho. Ambrogini manteve sua posição contrária, gerando um embate acalorado com os demais membros.
Segundo relatos internos, Ambrogini teria afirmado que, para que a demissão de Thiago ocorresse, seria necessário demiti-lo antes. A frase foi encarada como um rompimento definitivo. O Conselho, então, decidiu também pela saída imediata do CEO.
Desgaste acumulado e divergências públicas aceleraram decisão
A saída de Enrico Ambrogini não foi motivada apenas pelo caso do técnico. Havia um desgaste acumulado entre ele e o Conselho, principalmente por conta de declarações públicas que iam na contramão da linha adotada internamente — como a oposição declarada aos assessores judiciais da Recuperação Judicial do clube.
Além disso, o contrato de dois anos firmado com Thiago Carvalho, em uma fase ainda instável do time, foi alvo de críticas e questionamentos por parte da direção.
Novo comando e reestruturação à vista
Com as saídas confirmadas, o Figueirense passa agora a ser gerido interinamente pelo CFO da SAF, Leonardo Rodrigues. No campo, a responsabilidade de comandar a equipe foi repassada a Rodrigo Carpegiani, que assume como técnico interino até nova definição.
A diretoria alvinegra promete anunciar em breve os novos nomes que irão assumir a gestão executiva e o comando técnico da equipe, em meio à pressão da torcida por resultados e maior estabilidade fora das quatro linhas.