No último domingo, 25 de fevereiro de 2024, a Avenida Paulista, em São Paulo, foi palco de uma manifestação fervorosa em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, organizada pelo Pastor Silas Malafaia. Contudo, o que deveria ser um ato de expressão democrática acabou gerando um intenso debate sobre a quantidade real de participantes.
A tentativa de mensurar a presença massiva de pessoas no evento tornou-se o centro das atenções, revelando discrepâncias significativas nas estimativas divulgadas por diferentes fontes. A deputada Ana Paula Lima, representante do Partido dos Trabalhadores (PT), utilizou suas redes sociais para declarar que a manifestação contou com a participação de 100 mil pessoas.
Contrastando com essa visão, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) realizaram uma análise meticulosa e apontaram que, durante o ápice da manifestação, a Avenida Paulista abrigou aproximadamente 185 mil pessoas. Esta estimativa, embasada em critérios acadêmicos, adicionou um novo elemento ao cenário de divergências.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado, por meio da Polícia Militar, apresentou uma cifra ainda mais expressiva, indicando que cerca de 750 mil pessoas se concentraram na Avenida Paulista e nas ruas adjacentes. Essa estimativa surpreendente, divulgada oficialmente, gerou questionamentos sobre a metodologia utilizada para contabilizar o público presente.
Imagens veiculadas por diversos veículos de comunicação mostram uma multidão ocupando as principais vias da região, criando uma atmosfera de mobilização e engajamento. A grandiosidade visual das imagens leva muitos a acreditarem nos números fornecidos pela Polícia Militar, embora as divergências persistam.
O debate sobre a quantidade exata de participantes na manifestação pró-Bolsonaro destaca a complexidade em mensurar eventos de grande porte e polarização política. Além disso, coloca em evidência a importância de fontes confiáveis e metodologias transparentes ao divulgar estimativas desse tipo.
Independentemente das divergências numéricas, a manifestação na Avenida Paulista reforçou a capacidade de mobilização dos apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, tornando-se um evento de destaque na cena política brasileira. A incerteza sobre a quantidade real de participantes, no entanto, permanece como um elemento intrigante desse capítulo na história política do país.