Um levantamento feito pelo NSC Total mostrou que 57% dos moradores de Santa Catarina se posicionam contra a volta do horário de verão. Com mais de 8,4 mil votos registrados na enquete, a maioria dos participantes não concorda com a mudança nos relógios.
A medida, que foi suspensa em 2019, volta a ser tema de discussão no governo federal como uma estratégia para reduzir a demanda por energia elétrica.
Governo federal estuda retorno para evitar crise energética
Após quatro anos de suspensão, o horário de verão pode retornar em 2024 como uma forma de aliviar o consumo de energia durante o período de maior demanda. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou a volta da medida, com a expectativa de uma economia de R$ 400 milhões entre os meses de outubro e fevereiro. Além disso, a projeção é de que a demanda máxima por energia elétrica diminua em até 2,9% com a mudança.
Energia solar e eólica podem ser melhor aproveitadas
O debate sobre o retorno do horário de verão não se limita à economia de energia. A medida também é vista como uma oportunidade para aumentar o aproveitamento de fontes renováveis, como a energia solar e eólica. Ao ajustar os horários de consumo, o governo espera que os brasileiros aproveitem melhor os períodos em que essas fontes estão em maior atividade, diminuindo o uso de termelétricas, que são mais caras e poluentes.
Ministro descarta crise energética em 2024
Durante o 296º Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, realizado no Rio de Janeiro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que não há risco de crise energética neste ano. No entanto, ele ressaltou que o retorno do horário de verão ainda está em análise pelo governo.
— Não temos chance de crise energética este ano, mas devemos cuidar para que não tenhamos nenhum evento pontual, especialmente nos horários de pico. Nossa missão é garantir a segurança energética e manter as tarifas mais acessíveis para o consumidor — afirmou Silveira.
Impactos no bolso do consumidor
A possível volta do horário de verão, além de ajudar na preservação do sistema elétrico, também pode trazer alívio ao bolso dos brasileiros. Com a promessa de menores tarifas e uma melhor utilização da energia, a medida poderia colaborar para o desenvolvimento econômico, gerando mais empregos e renda.
A decisão final, porém, segue em análise pelo governo, que deve pesar os benefícios econômicos e ambientais antes de definir se a medida será retomada.