Ronério Heiderscheidt, ex-prefeito de Palhoça, encontra-se atualmente em prisão domiciliar na cidade de Foz do Iguaçu, Paraná, após ter sido preso no início deste mês pela Polícia Federal. Aos 68 anos, Ronério está envolvido em um caso que remonta aos anos em que comandou o município, entre 2005 e 2012.

A denúncia do Ministério Público aponta que, durante seu mandato, Ronério teria alugado um terreno pertencente ao município, junto com uma área de 800 metros quadrados, para empresários interessados em instalar uma fábrica de sorvetes na cidade. Para viabilizar o negócio, teria falsificado uma lei municipal com o objetivo de desafetar a área pública e transferi-la aos locatários.
Essa não é a primeira vez que o ex-prefeito enfrenta problemas com a justiça. Em setembro de 2017, foi condenado a cinco anos e oito meses de prisão, além de perder o cargo público e ser inabilitado para exercer função pública ou disputar cargo eletivo por cinco anos. A condenação foi mantida em julho de 2019 pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

Em julho de 2019, o Superior Tribunal de Justiça concedeu medida liminar para revogar o pedido de prisão contra Ronério, que estava foragido na época. No entanto, em fevereiro de 2022, a Quinta Turma do STJ negou provimento ao agravo regimental, mantendo a sentença do ex-prefeito.
Enquanto aguarda novos desdobramentos judiciais, Ronério Heiderscheidt está em regime harmonizado em Foz do Iguaçu desde o ano passado, segundo sua defesa. O MDB, partido ao qual Ronério é filiado, informou que o caso segue em segredo de justiça.
A defesa do ex-prefeito afirma que ele se apresentou espontaneamente à Justiça e está confiante de que em breve tudo será esclarecido. Porém, a trajetória legal de Ronério Heiderscheidt continua a ser marcada por desafios e incertezas, enquanto ele enfrenta as consequências de suas ações à frente da prefeitura de Palhoça.