Impasse jurídico impede liberação de recursos
O Figueirense não realizou o pagamento da primeira parcela do seu plano de Recuperação Judicial, que venceu nesta segunda-feira (31). O clube passou o dia buscando respostas da Justiça sobre questões que considera fundamentais para a efetivação do pagamento.
De acordo com o departamento jurídico do Figueirense, há dois pontos principais que precisam ser esclarecidos. O primeiro envolve as opções de pagamento que foram cortadas na decisão final e quais seguem válidas. O segundo, mais complexo, trata da transferência do terreno do ginásio da Associação para a SAF do clube, uma exigência que garantiria os recursos necessários para quitar a dívida.
Transferência do terreno é peça-chave na negociação
A transferência do terreno é um dos pilares do acordo com a empresa CLAVE, parceira financeira do Figueirense. Sem essa regularização, o clube não recebe o aporte financeiro prometido pela investidora.
Embora a CLAVE esteja cobrindo os custos operacionais mensais do clube, o desembolso de valores maiores depende de duas condições: a aprovação da homologação da Recuperação Judicial e a transferência da posse do terreno. Sem esse processo concluído, os recursos para o pagamento da primeira parcela, no valor de R$ 12,5 milhões, ficam indisponíveis.
Risco de falência e movimentação dos credores
Até as 19h desta segunda-feira, o Figueirense ainda não havia recebido resposta da Justiça sobre os questionamentos levantados. Além dos esclarecimentos sobre a sentença, o clube solicitou uma liminar para adiar o prazo de pagamento em mais 30 dias, tempo necessário para obter as respostas necessárias.
O não pagamento no prazo previsto pode abrir espaço para pedidos de falência por parte dos credores. Alguns escritórios de advocacia que representam credores já estudam medidas legais para contestar o descumprimento do acordo.
Recuperação Judicial: um processo desafiador
A homologação da Recuperação Judicial foi um marco histórico para o Figueirense, mas também trouxe desafios. O clube agora precisa resolver rapidamente as pendências jurídicas para evitar sanções e garantir sua estabilidade financeira nos próximos meses. A expectativa é que a Justiça se pronuncie nos próximos dias para definir os rumos do processo.