A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou uma decisão que está dando o que falar: a proibição da venda do álcool 70% na versão líquida em mercados e farmácias a partir do dia 30 de abril. A medida tem como objetivo principal reduzir os acidentes domésticos, incentivando o uso do álcool em gel, que continua disponível e é considerado tão eficaz quanto a versão líquida.
A autorização para a venda do álcool líquido 70% ao público em geral, concedida durante a pandemia de Covid-19, foi encerrada em 31 de dezembro de 2023, de acordo com a Anvisa. Desde então, a discussão sobre a segurança e a eficácia do produto para uso doméstico tem ganhado destaque.
O Conselho Federal de Química endossa a medida da Anvisa, afirmando que o álcool em gel é uma alternativa segura e eficaz para a limpeza doméstica. Além disso, outros produtos de limpeza aprovados pela Anvisa também são considerados adequados para essa finalidade.
No entanto, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) expressou sua discordância em relação à proibição da venda do álcool 70% na versão líquida. A entidade argumenta que essa medida retirará do consumidor uma opção de custo-benefício mais vantajosa, especialmente diante da alta demanda e da escassez do produto nos supermercados desde o final do ano passado.
Desde dezembro, a Abras tem mantido diálogos com a Anvisa sobre o assunto, buscando encontrar soluções que conciliem a segurança dos consumidores com a oferta de produtos essenciais para a higienização.
A decisão da Anvisa tem gerado debates entre especialistas, comerciantes e consumidores, levantando questões sobre a eficácia dos diferentes tipos de álcool na desinfecção e sobre as alternativas viáveis para manter a segurança doméstica sem comprometer o acesso a produtos essenciais.