Negociações seguem travadas, mas uma nova assembleia, marcada para o dia 24 de junho, pode mudar os rumos da greve. Até lá, os ônibus continuam circulando normalmente, segundo informações dos envolvidos.
Reunião entre patrões e trabalhadores termina sem acordo
A greve do transporte público na Grande Florianópolis segue sem data para terminar. Uma nova tentativa de conciliação, realizada nesta terça-feira (17), terminou sem avanços nas negociações. A reunião contou com representantes das empresas concessionárias, do sindicato dos trabalhadores (Sintraturb) e foi mediada pelo Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina (MPT-SC), na sede do órgão, em Florianópolis.
A audiência, conduzida pelo Procurador Regional do Trabalho Alexandre Medeiros da Fontoura Freitas, durou mais de três horas, mas não resultou em consenso entre as partes.
Nova proposta será avaliada em assembleia no dia 24
Apesar do impasse, uma nova proposta foi apresentada aos trabalhadores, que deverá ser avaliada em uma assembleia marcada para o dia 24 de junho, às 20h30. O conteúdo do acordo proposto ainda não foi divulgado oficialmente, mas há expectativa de que a votação possa representar um ponto de virada no movimento grevista, que já afeta milhares de usuários do transporte coletivo na região.
Setuf mantém expectativa por acordo
O presidente do Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis), Gildo Formento, demonstrou otimismo quanto à possibilidade de resolução do conflito.
“Temos uma grande esperança, depois dessa tarde toda de negociações. Agora, vamos ter que aguardar a assembleia deles para ver se é aceita, ou se não é aceita”, afirmou Formento.
O advogado do sindicato patronal, Gustavo Guimarães, também reforçou o empenho das partes na busca por um acordo que atenda às demandas dos trabalhadores e mantenha a sustentabilidade do sistema.
Greve começou oficialmente em 11 de junho
A paralisação foi decretada oficialmente em 11 de junho, após aprovação em assembleia do Sintraturb. Antes disso, motoristas e cobradores já estavam em estado de greve desde o dia 30 de maio, o que ainda não havia impactado diretamente a operação dos ônibus.
A falta de avanço nas negociações com as concessionárias e prefeituras da região levou à decisão pelo movimento grevista, que segue causando transtornos à rotina da população que depende diariamente do transporte público.
Reivindicações da categoria
Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão:
• Recontratação de cobradores;
• Reajuste salarial;
• Melhorias nas condições de trabalho;
• Aperfeiçoamento do plano de saúde.
A categoria alega que, mesmo após diversas tentativas de negociação, nenhuma proposta concreta foi apresentada até então, o que motivou a paralisação.
População segue em alerta
A manutenção da greve até, pelo menos, a próxima semana, mantém em alerta milhares de usuários do transporte coletivo da Grande Florianópolis, que enfrentam dificuldades para se deslocar ao trabalho, à escola e aos compromissos do dia a dia.
A assembleia do dia 24 será decisiva para o futuro do movimento. Até lá, a população segue sem previsão de normalização do serviço.