Em resposta aos cortes milionários nas verbas destinadas às Universidades Federais do Brasil, o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação da UFSC (SINTUFSC) confirmou uma greve nacional, agendada para iniciar no dia 11 de março. A mobilização visa pressionar o governo federal a atender às demandas por reestruturação de carreira, recomposição salarial e equiparação de benefícios.
SINTUFSC
O SINTUFSC divulgou que a greve nacional foi convocada diante da falta de propostas satisfatórias do governo federal para as mencionadas demandas. A assembleia geral, realizada em 28 de fevereiro, contou com a participação dos servidores técnico-administrativos em Educação (TAEs) da UFSC, tanto presencialmente em frente à Reitoria quanto online pelos campi.
Durante a assembleia, foi aprovada a adesão à greve nacional convocada pela Fasubra Sindical, que busca melhorias na reestruturação de carreira prevista no Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos TAEs (PCCTAE), além de aumento salarial e equiparação de benefícios. A formação de um comando de greve e a organização de reuniões setoriais para mobilização também foram deliberadas.
Assembléia
Uma nova assembleia geral foi marcada para o dia 11 de março, coincidindo com o início da greve. Durante o período de paralisação, será mantido o desconto nos salários dos TAEs em 1%, sem aplicar o aumento para 2% previsto no estatuto do sindicato, com reavaliação após um mês de greve.
Os delegados eleitos representarão a UFSC na plenária virtual da Fasubra Sindical, agendada para 9 de março. A decisão pela greve foi motivada pela proposta insatisfatória do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que ofereceu apenas 9% de correção salarial, a ser dividida em parcelas até o final da gestão atual, sem previsão de reajuste para 2024.
Diante da defasagem salarial acumulada de cerca de 70% em sete anos, os TAEs buscam pressionar o governo federal para evitar a precarização do trabalho e defender os direitos dos trabalhadores e da educação pública. A mobilização para a greve já está em andamento, com atividades planejadas para intensificar o envolvimento dos TAEs em todos os setores da UFSC, visando fortalecer a paralisação que coincidirá com o início das aulas na maioria das universidades do país. Este momento é considerado crítico para a mobilização em defesa da educação pública.