Restrição de Navegação
A Marinha do Brasil anunciou restrições de navegação sob as pontes Pedro Ivo e Colombo Machado Salles em Florianópolis. A medida foi tomada após registros de queda de concreto em uma das estruturas nos últimos meses. A orientação foi divulgada na terça-feira (6), seguindo uma manifestação do Ministério Público Estadual (MPSC).
Orientações para Navegação
De acordo com a Capitania dos Portos, as embarcações só devem passar pelo local se for estritamente necessário e pelo menor tempo possível. As pontes, com cerca de 1,2 quilômetro de extensão cada, ligam a Ilha de Santa Catarina à região continental da cidade. Construídas em 1975 e 1991, respectivamente, as estruturas são alvo de inquéritos civis do MP que investigam o descolamento das placas.
Histórico de Problemas Estruturais
O MPSC acompanha a situação das pontes há anos, tendo havido decisões judiciais que ordenaram a manutenção das estruturas. Em junho deste ano, placas de concreto descolaram e caíram da Ponte Colombo Salles. O incidente levou o MP a recomendar a restrição de navegação na área, o que resultou na decisão da Marinha.
Medidas de Segurança
A Marinha afirmou que, mesmo sem acesso a um laudo sobre o estado da estrutura, a decisão visa preservar a segurança dos navegantes. Até que uma avaliação de engenharia seja recebida, esclarecendo os riscos, a recomendação é de atenção especial ao transitar sob as pontes. O órgão não descartou a possibilidade de novas medidas, incluindo a interdição da navegação, caso os laudos indiquem necessidade.
Resposta da Secretaria de Infraestrutura
Em nota, a Secretaria de Infraestrutura (SIE) afirmou que técnicos estão em contato com a Capitania dos Portos para discutir a situação. A SIE também declarou desconhecer qualquer queda de barreira de concreto na Ponte Colombo Salles. O governo informou que as pontes têm manutenção constante e que está em andamento um edital de licitação para a restauração de 12 dos 18 pilares das duas pontes.
Documentos do Ministério Público
O MP contestou o desconhecimento do governo estadual, afirmando possuir documentos que comprovam a queda das placas mais de uma vez. O órgão destacou que os incidentes podem afetar embarcações e a integridade física das pessoas.