Operação Nasir: Alvo em Cinco Estados
Empresas de Santa Catarina e outros quatro estados foram alvo de uma operação conjunta da Receita Federal e das Secretarias de Fazenda dos Estados de SC e São Paulo, deflagrada nesta terça-feira (11). A investigação visa desmantelar um suposto esquema de fraude envolvendo vendas de cobre, com valores estimados em R$ 7 bilhões.
Ações em Santa Catarina
Em Santa Catarina, as ações fiscais foram realizadas em empresas localizadas em Içara, no Sul do estado, e em Jaraguá do Sul, no Norte. A operação busca identificar e encerrar as inscrições estaduais de empresas fantasmas, interrompendo, assim, o fluxo de notas fiscais fraudulentas.
Contexto e Antecedentes
A Operação Nasir é um desdobramento da Operação Metalmorfose, deflagrada em 9 de maio. Naquela ocasião, a Receita Federal constatou a emissão de notas fiscais fraudulentas e a aquisição de produtos com suspeita de origem ilegal. A nova fase da operação envolve 31 investigações fiscais em São Paulo (16 empresas), Paraná (sete empresas), Espírito Santo (cinco empresas), Santa Catarina (duas empresas) e Pará (uma empresa).
Cidades Alvo da Operação Nasir
- Santa Catarina: Jaraguá do Sul, Içara
- São Paulo: São Paulo, Santo André, Guarulhos, Mauá, Osasco, Piracicaba
- Paraná: Curitiba, São José dos Pinhais
- Pará: Santarém
- Espírito Santo: Vila Velha, Serra
Detalhes do Esquema Fraudulento
Em maio, a Receita Federal cumpriu 39 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas em Joinville (SC) e em 15 cidades de São Paulo. O esquema investigado usava empresas fantasmas para emitir notas fiscais fraudulentas de vendas de produtos e sucata de cobre.
Estrutura do Esquema
O esquema é composto por três núcleos principais e outros participantes ativos:
- Empresas Fantasmas (“Noteiras”): Emitiam notas fiscais fraudulentas, simulando operações de compra e venda.
- Fornecedores de Cobre: Localizados principalmente em Santa Catarina, forneciam os produtos.
- Clientes do Esquema: Empresas paulistas do setor de cobre que usavam as notas fiscais para sonegar tributos.
Participantes ativos incluem o principal operador do esquema e contadores coniventes, responsáveis pela abertura e manutenção de mais de 110 empresas fantasmas. As multas aplicadas já somam R$ 1,9 bilhão.
Objetivos da Operação Nasir
A operação deflagrada nesta terça-feira busca evidências sobre movimentações recentes na cadeia produtiva do cobre, visando responsabilizar os operadores e beneficiários do esquema fraudulento.