Um incidente chocante marcou o domingo, 13 de outubro, em Nova Fátima, no norte do Paraná. Um menino de apenas 9 anos invadiu uma fazendinha e matou 23 animais, incluindo coelhos e porquinhos da Índia, sem demonstrar qualquer arrependimento. O caso deixou a equipe do hospital veterinário da região em estado de choque, e a Polícia Militar do Paraná (PMPR) foi acionada para lidar com a situação.
Câmeras flagraram a ação
O menino foi identificado pelas câmeras de segurança e confessou ter chutado e arremessado os animais contra a parede. Segundo relatos, ele arrancou patas de alguns bichos e não demonstrou qualquer emoção ao descrever o ato. A proprietária do local, Brenda Almeida, encontrou 15 coelhos mortos e outros animais soltos ao chegar no local, o que a levou a acionar as autoridades.
Veterinário relata falta de remorso
Lúcio Barreto, veterinário que acompanhou o menino até a delegacia, relatou que a criança parecia calma e não demonstrou remorso. “Perguntei se ele não tinha dó dos animais, e ele respondeu ‘mais ou menos”, contou Barreto. A frieza com que o garoto descreveu os atos causou perplexidade nos profissionais, que ainda estavam abalados com o cenário de destruição.
Invasão ocorreu após festa de Dia das Crianças
O ataque aconteceu no dia seguinte à inauguração da fazendinha, que havia sido comemorada com uma festa de Dia das Crianças. O menino, que havia participado da celebração no sábado, voltou no domingo para cometer o massacre. Os veterinários e a proprietária se depararam com a cena de mutilação ao chegarem ao local, apenas um dia depois de acolherem diversas famílias e crianças.
Autoridades envolvidas, mas sem punição criminal
A Polícia Civil visitou a casa da família do menino, onde ele vive com a avó, para conversar com os responsáveis e registrar um boletim de ocorrência. O Conselho Tutelar foi acionado e acompanha o caso. No entanto, como o garoto tem apenas 9 anos, ele não será punido. De acordo com a lei brasileira, menores de 18 anos são inimputáveis, e somente a partir dos 12 anos é que estão sujeitos a medidas socioeducativas.
Reação de tristeza e indignação
O episódio despertou uma sensação de impotência entre os profissionais do hospital veterinário. “Cuidamos dos bichinhos com tanto amor, e ver essa cena, especialmente após o Dia das Crianças, foi uma sensação horrível de tristeza”, lamentou Brenda Almeida. O caso também reacendeu debates sobre a responsabilidade e o acompanhamento de crianças que demonstram comportamentos violentos, levantando questões sobre a atuação do Conselho Tutelar e das autoridades em situações como essa.
Um caso que levanta questões sobre o comportamento infantil
Embora o menino não tenha histórico de comportamento agressivo, o episódio levanta preocupações sobre como crianças lidam com a violência e os limites de responsabilidade dentro da legislação. A falta de punição, por questões legais, pode acender debates sobre como tratar casos de comportamento violento em crianças abaixo da idade penal, exigindo atenção especial de psicólogos e profissionais da área educacional.