Caso em Biguaçu Gera Indignação
Na última quarta-feira (21), pais de duas alunas de 6 e 7 anos, estudantes de uma escola estadual em Biguaçu, na Grande Florianópolis, denunciaram um ato de violência por parte de uma professora auxiliar. As crianças teriam tido suas bocas tapadas com fita adesiva durante uma aula, sob a justificativa de “falarem demais”. O caso, que gerou grande comoção e revolta, está sendo investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.
Detalhes do Incidente
O episódio foi relatado por Mario Junior, pai de uma das meninas, através de uma rede social. Segundo ele, a professora colocou fita adesiva na boca de sua filha e de outra criança, deixando-as com as bocas seladas durante toda a aula. Ambas as alunas são primas e confirmaram a história, corroborada por outros colegas de sala.
“[A professora] se sentiu no direito de colocar uma fita (isso mesmo) na boca dela e de uma outra criança, alegando que ela também não parava de falar e deixou ambas uma aula inteira com a fita na boca“, escreveu o pai.

Ação das Autoridades
Após a denúncia, um boletim de ocorrência foi registrado por uma das mães, Liliane Cristina Pedro, que afirmou que sua filha sofreu uma “agressão” na escola. Em resposta, a Secretaria de Estado da Educação (SED) anunciou o afastamento da profissional envolvida e destacou que o Núcleo de Política de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola (Nepre) será acionado para oferecer apoio às alunas.
A Polícia Civil de Santa Catarina já solicitou informações preliminares à unidade escolar, e o Ministério Público, através da 4ª Promotoria de Justiça de Biguaçu, também está apurando o caso.
Resposta da Escola e Repercussão
Maria Vitória Cunha, mãe da aluna mais nova, afirmou que só tomou conhecimento do ocorrido por meio de uma vizinha, cuja filha também estuda na escola. Ao questionar a filha, a menina confirmou os fatos, assim como sua prima. “Depois que a menina contou pra gente, a gente foi perguntar para ela [a filha], e ela confirmou. A outra menina [a prima] também confirmou. Realmente foi o que aconteceu. E outros colegas da sala tiveram a mesma fala“, declarou Maria Vitória.
O incidente trouxe à tona discussões sobre a conduta de profissionais da educação e os limites de ações disciplinares em ambiente escolar. A comunidade local e as redes sociais expressaram indignação e exigem respostas rápidas e efetivas das autoridades competentes.
Próximos Passos
Enquanto as investigações prosseguem, a escola e os órgãos responsáveis buscam esclarecer os detalhes do caso e prevenir que situações semelhantes voltem a ocorrer. A atuação do Nepre será crucial para garantir o suporte necessário às crianças e suas famílias, bem como para reavaliar práticas pedagógicas e de disciplina dentro das instituições de ensino.