Operação “171 Kilates” mira empresa suspeita de desviar mais de R$ 1,6 milhão de investidores
Uma empresa de investimentos com sede no Centro de Florianópolis foi alvo de uma operação da Polícia Civil de Santa Catarina nesta quarta-feira (21). A suspeita é de que o grupo aplicava golpes financeiros relacionados ao mercado de ouro e câmbio, causando prejuízos estimados em mais de R$ 1,6 milhão a diversos investidores.
A ação, batizada de Operação 171 Kilates, cumpriu mandados de busca e apreensão em três cidades: Florianópolis, São José e São Paulo. O objetivo foi localizar e apreender bens adquiridos com o dinheiro dos investidores enganados.
Carro de luxo e eletrônicos foram apreendidos
Durante a operação, os agentes apreenderam um automóvel de luxo — um BMW 320i M Sport Flex — no Centro de Florianópolis. O veículo pertence ao dono da empresa investigada. Também foram recolhidos celulares e equipamentos eletrônicos, que serão periciados para aprofundar as investigações.
Segundo o delegado Leonardo Silva, responsável pelo caso na Delegacia de Defraudações, os mandados na Grande Florianópolis foram cumpridos em residências de envolvidos e nos escritórios da empresa, localizados na Avenida Osmar Cunha, região central da capital.
Empresa prometia lucros altos com base em ouro e câmbio
De acordo com a Polícia Civil, a empresa prometia aos investidores lucros de até 20% com base em supostas operações com ouro e câmbio. Os lucros seriam obtidos por meio de investimentos de curto prazo, apresentados como seguros e altamente rentáveis.
No entanto, após a aplicação dos recursos, as vítimas começaram a enfrentar dificuldades para resgatar o valor investido. Com o tempo, o responsável pela empresa deixou de responder aos questionamentos dos investidores.
Plataforma saiu do ar e investidores ficaram no prejuízo
Ainda conforme a investigação, o suspeito retirou do ar a plataforma digital onde os clientes acompanhavam seus investimentos. Sem acesso às informações e sem respostas, muitos investidores procuraram a polícia após perceberem que haviam caído em um golpe.
A Polícia Civil segue com a análise do material apreendido para identificar o número exato de vítimas e rastrear o caminho do dinheiro desviado. A investigação continua em sigilo, e novas diligências não estão descartadas.