Após meses de articulações, o desfecho está marcado para a próxima terça-feira (29), com o anúncio oficial da federação que unirá o PP e o União Brasil sob o nome União Progressistas. A construção do novo grupo político foi articulada pela cúpula nacional e terá como presidente o ex-comandante da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Atualmente, o PP é presidido pelo senador Ciro Nogueira (PP-RN) e o União Brasil pelo advogado e empresário Antônio Rueda, que reforçaram a união posando juntos em evento em Brasília.
Em Santa Catarina, a nova federação terá uma representação de peso: seis deputados estaduais (Altair Silva, José Milton Scheffer, Pepê Collaço, Jair Miotto, Marcos da Rosa e Sérgio Guimarães), um deputado federal (Fábio Schiochet) e o senador Esperidião Amin. Essa composição garante à União Progressistas a segunda maior bancada da Assembleia Legislativa, ao lado do MDB, além de posições estratégicas na Mesa Diretora e na Comissão de Constituição e Justiça.
A força da federação também se evidencia nos municípios catarinenses, com 62 prefeitos, 72 vice-prefeitos e 604 vereadores, consolidando um espaço de relevância no cenário político estadual. Esse peso eleitoral torna a nova sigla alvo de interesse de pré-candidatos ao governo, como Jorginho Mello (PL) e João Rodrigues (PSD) — embora o União Brasil já tenha sinalizado apoio ao pré canditato ao governo do estado, João Rodrigues, prefeito de Chapecó.
O nascimento da União Progressistas acontece em meio a um momento turbulento para o PP catarinense, que enfrenta problemas internos e resistência a uma convenção para resolver disputas. A liderança estadual da nova federação ainda está indefinida: de um lado, o ex-deputado Leodegar Tiscoski (PP); do outro, o deputado federal Fábio Schiochet (União Brasil).
O anúncio da formação e os próximos passos da União Progressistas prometem redesenhar a política catarinense e nacional, com reflexos importantes nas eleições de 2026.