Os motoristas de Florianópolis e das cidades vizinhas estão enfrentando um aumento significativo no preço da gasolina. O valor voltou a ultrapassar os R$ 6, impactando diretamente o orçamento de quem depende do veículo diariamente.
Aumento acima de 8% na Capital
De acordo com a última pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio da gasolina na capital catarinense atingiu R$ 6,46, um aumento de 8,8% em relação à semana anterior, quando o valor estava em R$ 5,94. O reajuste também foi percebido em São José, onde o preço subiu 12,2%, chegando a R$ 6,48.
Gasolina mais cara do Estado
Com esse aumento expressivo, Florianópolis e São José, que antes figuravam entre as cidades com os menores preços de gasolina, passaram a liderar a lista das localidades com os combustíveis mais caros de Santa Catarina. O preço médio estadual também foi afetado, atingindo o maior valor do ano, com R$ 6,26 por litro.
Variações em outras cidades
Enquanto Florianópolis e São José registraram altas expressivas, outras cidades catarinenses mantiveram certa estabilidade. Em Chapecó, por exemplo, houve até uma redução de 1% no preço médio. Mafra e Joinville registraram aumentos menores, de 2%.
Reajuste da Petrobras impacta preço local
O aumento nos preços pode ser atribuído ao último reajuste anunciado pela Petrobras no início de julho, quando o preço da gasolina nas distribuidoras subiu 7,12%. Segundo Vicente Santanna, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis (Sindópolis), essa alta ainda não havia sido repassada aos consumidores da região devido à intensa concorrência entre os postos.
Fatores que influenciam o preço da gasolina
O Sindópolis já havia comunicado em setembro que o preço da gasolina é definido com base em uma série de fatores. Entre eles, está a política de preços das distribuidoras, que é apenas repassada pelos postos de combustíveis. Além disso, a composição da gasolina, que inclui 27% de etanol anidro, tem impacto direto, já que o etanol sofre ajustes semanais de acordo com a cotação na bolsa de valores.
Impostos federais (CIDE e PIS/Cofins) e estaduais (ICMS) também são parte significativa do valor final pago pelos consumidores. Sem uma legislação que controle os preços, os postos têm liberdade para definir seus valores, o que contribui para as variações de preço observadas em diferentes regiões.
O impacto no bolso dos motoristas
Para os motoristas, o aumento no preço da gasolina representa um desafio no orçamento, especialmente para quem depende do carro para trabalho ou deslocamentos diários. A expectativa agora é que o mercado se ajuste e que novas oscilações nos preços possam ocorrer nas próximas semanas.