O clássico entre Avaí e Figueirense, tradicional rivalidade do futebol catarinense, ganhou os holofotes nesta semana por conta do preço dos ingressos para a torcida visitante. A decisão do Avaí, mandante da partida, de cobrar R$ 200,00 pelo ingresso no setor destinado aos torcedores do Figueirense gerou críticas, debates e questionamentos sobre a ética e o bom senso na definição de valores.
Discrepância de preços entre as torcidas
Enquanto os torcedores do Figueirense enfrentarão o preço de R$ 200,00, a torcida do Avaí terá a possibilidade de pagar apenas R$ 20,00, graças a descontos especiais e promoções aplicadas para sócios e ações sociais. Essa diferença expressiva gerou indignação, especialmente porque setores similares apresentam valores tão distintos.
Embora o Avaí tenha o direito de estabelecer os preços, muitos consideram a cobrança de R$ 200,00 abusiva, especialmente para um campeonato estadual. A prática levanta debates sobre a acessibilidade nos estádios e a falta de equilíbrio na precificação.
Um preço desproporcional para o cenário local
Cobrar R$ 200,00 por um ingresso no Campeonato Catarinense é visto por muitos como um valor excessivo. Ainda que o Avaí justifique a decisão com promoções aos seus torcedores, o preço para a torcida visitante é considerado exorbitante. No ano passado, curiosamente, o próprio Avaí criticou a política de preços adotada pelo Criciúma em uma situação semelhante, expondo a falta de consistência no discurso.
Ambiente de tensão e impacto na segurança
A polêmica também agrava o clima entre as torcidas, que já é historicamente tenso. A revolta dos torcedores do Figueirense pode criar um ambiente hostil, algo preocupante em um clássico que tradicionalmente demanda atenção redobrada à segurança.
Além disso, a postura do Avaí, que aparentemente não pretende revisar os preços, alimenta o descontentamento e reforça a percepção de falta de diálogo entre os clubes.
Sugestões para um preço mais justo
Especialistas e torcedores acreditam que um valor mais equilibrado estaria entre R$ 80,00 e R$ 100,00, uma faixa mais acessível para ambas as torcidas. Além disso, defendem que decisões como essa sejam discutidas previamente entre as diretorias, com planejamento conjunto para evitar problemas como os atuais.
O clássico é um produto que pertence aos dois clubes e às suas torcidas, e não apenas ao mandante. Uma gestão mais colaborativa pode trazer benefícios ao espetáculo e à experiência dos torcedores, fomentando um ambiente mais saudável dentro e fora de campo.
Quem sabe um dia o bom senso prevaleça?