Mandados de prisão e busca foram cumpridos em cidades de Santa Catarina; grupo usava “mulas” para levar droga à Europa
Operação Strappo mira esquema de tráfico internacional
Uma operação da Polícia Federal, batizada de Operação Strappo, foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (23) para combater uma quadrilha suspeita de usar os aeroportos de Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS) como pontos estratégicos para o tráfico de cocaína com destino à Europa.
A ação ocorreu nas cidades catarinenses de Palhoça, Biguaçu e Tubarão, onde foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 8 mandados de prisão – sendo cinco temporárias e três preventivas.
Prisões em flagrante deram início às investigações
A investigação teve início no dia 27 de abril de 2024, quando dois homens foram presos em flagrante no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. Eles tentavam embarcar para Lisboa, Portugal, com drogas escondidas na bagagem.
Após as prisões, a PF descobriu que os suspeitos faziam parte de um grupo maior, já investigado por ações semelhantes no Aeroporto de Florianópolis. A quadrilha utilizava uma estrutura organizadapara o envio de cocaína à Europa.
Esquema envolvia “mulas” e ramificação na Europa
Segundo as investigações, o grupo criminoso alistava pessoas como “mulas” – responsáveis por transportar a droga – e contava com uma logística bem definida, que incluía financiamento operacional, divisão de tarefas e contatos no exterior.
A PF também suspeita que o grupo tenha uma base operacional na Europa, responsável pela distribuição da droga para outros países do continente.
Apreensões e buscas seguem para identificar mais envolvidos
As apreensões feitas durante a Operação Strappo estão sendo analisadas pela Polícia Federal, que acredita que novos integrantes da quadrilha possam ser identificados nos próximos dias.
“As investigações prosseguem de modo a identificar outros envolvidos nesse esquema criminoso e também de modo a responsabilizar principalmente o braço logístico que está no exterior em Portugal, para que de fato haja a completa elucidação dessa organização criminosa e das atividades desenvolvidas”
afirmou o delegado Ronaldo Reis, responsável pelo caso.
A PF ainda não divulgou os nomes dos presos. As investigações seguem em andamento e devem ter desdobramentos internacionais nos próximos meses.