Governo de Jorginho Mello é criticado por falta de avanço nas negociações e diferenças nos aumentos salariais
O reajuste salarial concedido pelo governador Jorginho Mello (PL) aos servidores da Segurança Pública de Santa Catarina não foi bem recebido pela categoria. Apesar da propaganda governamental que tenta projetar um cenário positivo, a realidade nos quartéis, entre policiais penais e parte da Polícia Civil, é de insatisfação e revolta. A categoria acumula perdas inflacionárias superiores a 40%, e o aumento líquido após o reajuste é considerado insuficiente.
Enquanto praças da Polícia Militar estimam que o aumento líquido ao final da terceira parcela será de, no máximo, R$ 800, a diferença nos reajustes entre soldados e oficiais também gera descontentamento. Um soldado receberá R$ 1.470 de aumento, enquanto um oficial terá um acréscimo de R$ 6.848 em seus vencimentos. Essa disparidade contribui para o clima de insatisfação entre os servidores.
O governo estadual promete retomar as negociações salariais no próximo ano. No entanto, qualquer concessão de reajuste em ano eleitoral enfrenta restrições, sendo proibida a partir de abril de 2026. Enquanto isso, a categoria continua pressionando por melhores condições salariais e de trabalho.
Circula entre grupos de policiais uma imagem de uma cartilha sobre o reajuste de 21,5% para os servidores da Segurança Pública. Caso se confirme, o governo teria produzido o material antes mesmo de fechar o acordo, o que aumenta a desconfiança em relação às intenções do Executivo.
Nesta terça-feira (4), o governador Jorginho Mello (PL) apresentou sua mensagem anual na Assembleia Legislativa, marcando a abertura oficial dos trabalhos legislativos. Na ocasião, ele destacou as principais ações do governo para 2025, mas não mencionou avanços concretos nas negociações com os servidores da Segurança Pública.