Menor número de nascimentos em cinco anos
O número de nascimentos registrados em Santa Catarina em 2024 atingiu o menor patamar dos últimos cinco anos. Até 20 de dezembro, foram realizados 91.959 registros em cartórios, uma queda significativa em comparação aos 98.268 registros do ano anterior. Os dados foram obtidos no Portal da Transparência do Registro Civil e refletem uma tendência de redução na natalidade no estado.
Casamentos desaceleram após anos de crescimento
O total de casamentos em 2024 também apresentou uma leve queda em relação aos anos anteriores. Até 20 de dezembro, foram registrados 34.159 casamentos em Santa Catarina, sinalizando uma desaceleração na curva de crescimento observada anteriormente. Como o ano ainda não foi encerrado, é possível que os números finais apresentem ajustes.
Óbitos seguem tendência de alta
Em contraste, o número de óbitos registrados no estado aumentou em 2024. Até a mesma data, foram registrados 50.513 falecimentos, consolidando um crescimento em relação a 2023. Apesar disso, o recorde de óbitos dos últimos cinco anos ainda pertence a 2021, quando foram contabilizados 59.798 mortes no estado.
Divórcios: uma análise mais ampla
Os dados sobre divórcios também revelam tendências importantes. Em 2022, no Brasil, houve um divórcio para cada 2,3 casamentos realizados, representando um aumento em relação à taxa de 2010, quando era de um para cada 4 uniões. Além disso, os casamentos estão terminando mais rapidamente: 47,7% das separações em 2022 ocorreram em menos de 10 anos, com um tempo médio de 13,8 anos entre a união e o divórcio.
Em Santa Catarina, os divórcios judiciais seguiram essa tendência. Em 2022, foram registradas 11.088 separações, um aumento de 2,7% em comparação com 2021, quando ocorreram 10.788.
Registros civis em Santa Catarina

O que explicam os números?
A redução no número de nascimentos e casamentos pode estar ligada a fatores econômicos, sociais e culturais, como o aumento do custo de vida, mudanças nas prioridades familiares e maior adesão a uniões informais. Por outro lado, o crescimento no número de óbitos pode estar relacionado ao envelhecimento da população e à maior incidência de doenças crônicas.
Esses dados refletem transformações importantes na demografia e nos comportamentos sociais, que merecem atenção para o planejamento de políticas públicas e a compreensão dos novos desafios da sociedade catarinense.