A nova subvariante da Covid-19, chamada XEC, acendeu um alerta global devido à sua alta transmissibilidade. Apesar disso, especialistas afirmam que ela não representa, neste momento, uma ameaça para casos graves da doença. A Organização Mundial de Saúde (OMS) não a classificou como uma variante de preocupação, mas mantém o monitoramento ativo.
Origem e primeiros casos no Brasil
Inicialmente identificada na Alemanha, a XEC já registra um aumento no número de casos diagnosticados na Europa e na América do Norte. No Brasil, os primeiros casos da subvariante foram confirmados em Jaraguá do Sul, Santa Catarina, em setembro de 2024. Duas mulheres, uma de 85 anos e outra de 34 anos, apresentaram sintomas leves, como febre, tosse e coriza.
Recomendações de especialistas
A doutora em Microbiologia e Genética Molecular, Andréa de Lima Pimenta, explica que a XEC é resultado de uma recombinação genética entre duas cepas da variante Ômicron. Embora não cause sintomas graves, sua rápida disseminação preocupa. “Ela se espalhou rapidamente pela Alemanha e já está crescendo no Brasil”, alerta a especialista.
Pimenta reforça que, apesar de ser uma nova subvariante, as vacinas disponíveis provavelmente continuarão protegendo contra casos graves da Covid-19. A vacinação em massa é vista como o principal fator na transformação da doença de uma ameaça letal para uma condição mais leve, como uma gripe.
Vacinação como principal defesa
João Augusto Brancher Fuck, diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE-SC), destaca a importância da vacinação para crianças, idosos e grupos de risco, como trabalhadores da saúde e pessoas com comorbidades. “A vacina está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e continua sendo a melhor defesa contra a Covid-19”, afirma.
Medidas de prevenção
Além da vacinação, medidas de prevenção continuam essenciais para conter a disseminação da Covid-19. A recomendação é que pessoas com sintomas busquem atendimento médico e sigam práticas de higiene e distanciamento, como manter ambientes arejados, higienizar as mãos com frequência e usar máscara em caso de sintomas respiratórios.
Situação da Covid-19 em Santa Catarina
Segundo dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, o estado registrou, até 5 de outubro, 1.032 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 este ano, com 118 óbitos confirmados. A população é orientada a seguir vigilante quanto às recomendações de saúde e a buscar a vacinação como principal forma de proteção.