Na noite desta quinta-feira (27), o União Brasil tornou-se o sexto partido a declarar apoio à candidatura de Júlio Garcia (PSD) para a presidência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Com três deputados estaduais em sua bancada – Jair Miotto, Marcos da Rosa e Sérgio Guimarães –, o partido se reuniu com o presidente estadual da legenda, o deputado federal Fábio Schiochet, para formalizar o endosso ao nome de Garcia. O deputado é o único candidato oficialmente lançado para o cargo até o momento.
A articulação em torno de Júlio Garcia ganha força com o apoio do União Brasil, somando-se às declarações de outros partidos. Na quarta-feira (26), o Progressistas, também com três deputados, foi a primeira bancada a manifestar oficialmente seu suporte. Nesta quinta-feira, o bloco partidário composto por Podemos, Republicanos e Novo, que juntos têm cinco deputados, também confirmou o apoio ao pessedista por meio da deputada estadual Paulinha.
Apoio consolidado e estratégias futuras
Até o momento, Júlio Garcia conta com o apoio de 14 deputados estaduais, incluindo os três parlamentares do PSD, seu próprio partido. Nos bastidores, ele segue negociando com o governador Jorginho Mello (PL) para conquistar o apoio dos 12 deputados estaduais do PL, maior bancada da Assembleia. Caso obtenha o suporte dos parlamentares do partido do governador, Garcia teria o caminho pavimentado para ser eleito por aclamação.
A volta de Júlio Garcia à presidência da Alesc – cargo que ele ocupou por três mandatos anteriores – ganha contornos de favoritismo em meio às negociações com as lideranças. Embora a candidatura do pessedista esteja se consolidando, ainda existem arestas a serem aparadas entre PSD e PL, especialmente em razão de disputas locais que marcaram as últimas eleições municipais em cidades como Criciúma, São José e Balneário Camboriú.
Com o apoio de diferentes partidos e uma articulação robusta, Júlio Garcia se aproxima da concretização de mais um mandato na liderança do legislativo estadual, em um movimento que reforça sua influência política e coloca o PSD novamente no centro das decisões da Alesc.