Na madrugada desta terça-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi submetido a uma cirurgia de emergência no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para drenagem de um hematoma intracraniano. Segundo boletim médico divulgado às 3h20, o procedimento foi realizado sem intercorrências, e o presidente encontra-se estável, sob monitoramento em leito de UTI.
O que aconteceu?
Lula, de 78 anos, procurou atendimento no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, na noite de segunda-feira (9), após sentir fortes dores de cabeça. Uma ressonância magnética revelou uma hemorragia intracraniana, provavelmente associada a um acidente doméstico ocorrido em outubro. Diante do diagnóstico, foi transferido para São Paulo, onde passou por uma craniotomia — procedimento cirúrgico para drenagem do hematoma.
O acidente citado no diagnóstico ocorreu no dia 19 de outubro, quando Lula sofreu uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada, resultando em um ferimento na cabeça que precisou de três pontos de sutura. Na época, o presidente chegou a cancelar compromissos internacionais, incluindo sua participação na 16ª Cúpula do BRICS, na Rússia.
Estado de saúde e próximos passos
Conforme informado pela equipe médica, liderada pelos doutores Ana Helena Germoglio e Roberto Kalil Filho, a cirurgia foi bem-sucedida, e Lula está em recuperação. Uma coletiva de imprensa está programada para as 9h desta terça-feira, com atualizações detalhadas sobre a evolução de seu quadro clínico.
Apesar do histórico de saúde delicado, incluindo o tratamento de um câncer na garganta em 2012 e uma artroplastia total do quadril em 2023, o presidente demonstrou rápida recuperação em procedimentos anteriores. A equipe médica e o Palácio do Planalto reforçam otimismo quanto à recuperação completa do chefe do Executivo.
Repercussão e agenda presidencial
A notícia mobilizou líderes políticos e sociais, que expressaram solidariedade ao presidente nas redes sociais. “Estamos torcendo pela recuperação rápida e plena do presidente Lula”, escreveu a presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Enquanto Lula permanece hospitalizado, a agenda presidencial será conduzida pela vice-presidente, Geraldo Alckmin, que assume interinamente as responsabilidades do governo.
A saúde de Lula, um tema frequentemente acompanhado com atenção por aliados e opositores, continua a ser uma variável significativa na dinâmica política do Brasil. A expectativa agora é pela confirmação de sua estabilidade e previsão de alta, o que deverá ser detalhado nas próximas horas.