Lula veta projeto de indenizações
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou integralmente o projeto de lei que previa indenizações e pensões vitalícias para crianças com microcefalia causada pelo vírus da zika. A decisão, publicada no Diário Oficial da União, foi justificada pelo governo com base em “contrariedade ao interesse público” e “inconstitucionalidade”.
Proposta rejeitada e reação das famílias
De autoria da senadora Mara Gabrilli, o projeto estabelecia uma indenização única de R$ 50 mil e uma pensão vitalícia de até R$ 8.092,54 para as famílias afetadas. A medida era aguardada com expectativa por mães que enfrentam dificuldades diárias no cuidado de crianças com microcefalia. A rejeição, no entanto, gerou forte indignação em diversos setores.
Críticas da sociedade civil
A ONG UniZika Brasil criticou duramente a decisão do presidente, acusando o governo de negligenciar as famílias impactadas pela doença. Em nota, a entidade classificou o veto como um “cala boca” às mães e lamentou a ausência de medidas efetivas para apoiar quem vive com os desafios impostos pela microcefalia.
Mobilização política no Congresso
A senadora Mara Gabrilli e a ex-ministra Damares Alves prometeram reagir ao veto, mobilizando o Congresso Nacional para derrubá-lo. “Não podemos desistir. Sigamos juntas nessa luta”, declarou Gabrilli. Damares reforçou a necessidade de união entre as famílias para reverter a decisão. “A mobilização será decisiva nesse processo”, afirmou.
Esperança no Congresso Nacional
As famílias afetadas pela microcefalia agora depositam suas esperanças nos próximos capítulos dessa batalha no Congresso. Para muitas, o projeto representa não apenas um alívio financeiro, mas também o reconhecimento de seus direitos e da gravidade das consequências deixadas pela epidemia do vírus da zika no Brasil.